quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Um admirável mundo novo

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“O Admirável mundo de novo” é um famoso livro de utopia/ficção científica do escritor inglês Aldous Huxley descreve um mundo futuro (não tão admirável), onde as crianças serão concebidas e geneticamente controladas em laboratórios, em linhas de produção artificiais. Nos laboratórios são definidos os poucos dotados, destinados ao trabalho braçal, e também os que crescem para comandar. As castas sociais são pré-definidas para alimentar o slogan "comunidade, identidade e estabilidade". Não há espaço para a supresa, para o imprevisto. Admirável Mundo Novo retrata a sociedade imaginada por Huxley, onde todos seriam de todos, felizes e perfeitos...

O mundo novo é mesmo admirável? Tinhamos mesmo que perguntar... Qual, o lugar do homem, numa sociedade dominada pela máquina? Qual, o caminho para o Indivíduo que reivindique a liberdade interior e o direito à sua individualidade, à sua singularidade? Se «Cada um pertence a todos» (p. 37), qual o objectivo? Não será uma forma de controlo?


Até nos imaginamos a tomar SOMA, o célebre remédio do Mundo Novo para aliviar a depressão, frustração, solidão e dúvidas. Qualquer fuga da realidade patrocinada pelo Estado é mais prática e fácil que a resolução definitiva do problema. E percebemos qual é a Soma na nossa sociedade. Consumismo, prazer imediato, conformismo, controlo das massas pelos média... não andamos também anestesiados?

O livro fala de condicionamento do comportamento e da clonagem. Argumento após argumento, verificámos que funcionamos também como clones, achamos normal a violência, fome, guerras, miséria, inflação, corrupção. Se alguém escapa às convenções sociais é olhado de lado, arrogante e ignorante. Quase se ouvem os altifalantes a dizer: "Ser diferente é incorrecto, faça o que a maioria faz e seja feliz".

E foi assim, de uma conversa sobre "Um admirável Mundo Novo", surgiram muitas reflexões e opiniões sobre um mundo bem real... o nosso!

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