sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Boa Noite, Senhor Soares


"A minha maior surpresa aconteceu porém numa tarde em que estávamos apenas os dois no escritório, e o Senhor Soares saiu sem uma palavra, deixando-me sobre a secretária uma barquinho de almaço pautado, e com este nome no casco, desenhado a lápis, António.

("Boa Noite, Senhor Soares", Mário Cláudio, 2008).

"Absurdo

Tornarmo-nos esfinges, ainda que falsas, até chegarmos ao ponto de já não sabermos quem somos. Porque, de resto, nós o que somos é esfinges falsas faloas e não sabemos o que somos realmente. O único modo de estarmos de acordo com a vida é estarmos em desacordo com nós próprios. O Absurdo é o divino."

("Livro do Desassossego", Bernardo Soares).

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