Só agora me dei conta que por aqui pouco se escreve...mas vai-se lendo...e falando sobre os livros que lemos.
Dia 29, 3ª feira, pelas 22.30H, um bocadinho ao lado do sitio do costume.
A proposta é aliciante:
A narrativa desloca-se em dois espaços diferentes, a aldeia e um tribunal que ali foi provisoriamente instalado para aquele especifico processo. E o autor justifica a sua necessidade de escrever aquele romance, assumindo-se desde logo como interveniente na história que dá mote ao romance. E leva-nos a passear por um processo judicial, com visita guiada por uma comunidade inteira. Quase ao microscópio, dá-nos conta das relações complexas e promíscuas entre os agentes da justiça, advogados, magistrados e demais, que em conjunto e animadamente "namoravam um wisky" banqueteando-se em volta de um churrasco de "galinha de terra", fora das paredes do improvisado tribunal. A dimensão do meio, pequeno, claro está, obrigava a essa promiscuidade e o advogado, vindo de longe para trabalhar naquele processo, só se lamentava da falta de "pequenas bonitas" para animar a noite que era de belo luar.
Com a mesma microscópica lente, leva-nos o autor de passeio pela comunidade de Santiago, Cabo-Verde, contando histórias que nos conduzem aquele colectivo complexo, dando-nos conta da identidade daquelas gentes, da sua psicologia colectiva e do seu muito próprio corpo de normas.
Uma viagem da qual se sai enriquecido, é a proposta que vos deixo.
Dia 29, conversamos....
poulana
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